Na verdade, nem caseiro e nem industrial e um pouco dos dois.
Vem, que a nutri explica! 😌
A Unesco define o produto artesanal como aquele que é feito por um artesão, de forma manual ou com processos e uso de equipamentos manuais, sem interferência industrial no processo desde o começo até sua embalagem.
Quando esse conceito vem para a alimentação e, consequentemente, para o marketing desse setor, vemos que o termo “artesanal” é utilizado quando se busca remeter ao alimento fatores tradicionais, históricos, culturais e, especialmente, à QUALIDADE proveniente de ingredientes selecionados e processos únicos e especiais.
Para entender melhor, é importante conhecer as definições de alimento caseiro, industrial ou artesanal:
🟩 Os alimentos industrializados são aqueles que, em geral, passam por uma série de etapas de produção — por exemplo: defumação, concentração, fermentação, congelamento, filtragem, resfriamento, desidratação, fritura, fatiamento, pasteurização, mistura e emulsificação. A padronização desses produtos é parte fundamental da sua produção, bem como, o recebimento de aditivos químicos para maior durabilidade e facilitação dos processos citados, além, evidentemente, da produção em larga escala.
🟩 Enquanto isso, os alimentos caseiros, são aqueles feitos em casa, sem aparelho ou tecnologia sofisticados e em pequena escala. Nesse caso, o máximo de “maquinário” envolvido se trata de liquidificador, batedeira e forno comuns, em processos que variam de receita para receita, já que a padronização não é um fator tão importante.
🟩 Os produtos alimentícios artesanais, como você pode imaginar, também são produzidos em escala menor que a industrial e com menos maquinário. Porém, para que eles mantenham a classificação de ‘artesanal’ devem ser elaborados a partir de técnicas predominantemente manuais, com a mínima utilização de aditivos químicos.
Note que, as principais diferenças desses tipos de produtos, residem especialmente na escala de produção, processos e maquinário envolvido.
Vale ainda destacar que, mesmo que os alimentos artesanais guardem mais semelhança com os caseiros do que com os industriais, a produção artesanal não precisa necessariamente se limitar ao uso de tecnologias caseiras. A produção artesanal pode sim recorrer tanto ao auxílio de maquinário, quanto à incorporação de aditivos, como meios de possibilitar a expansão do negócio, desde que os processos manuais ainda sejam a maioria e a qualidade e pureza dos ingredientes selecionados sejam levadas em conta.
A legislação brasileira vem avançando positivamente na definição e classificação de produtos, para garantir que não haja a banalização do termo “artesanal”, levando ao engano do consumidor.
Exemplo de ação nesse sentido, é a criação do Selo Arte, em 2018, que tem por objetivo certificar a qualidade do produto de origem animal fabricado de modo artesanal, comprovando que, na sua produção foram observadas as boas práticas da agropecuária e sanitárias. Além disso, os produtos com o selo podem ser comercializados por todo o território nacional. Sendo assim, esse selo é um grande diferencial para a venda dos produtos que o possuem.
Sob a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dez estados brasileiros já podem emitir tal certificação: ES,GO,MG,MS,PA,PE,PR,SC,SP e TO. Sendo em grande maioria produtos lácteos e cárneos.
☝ Classificar o seu produto de forma correta beneficia o produtor e o consumidor, estabelecendo confiança e transparência nos processos.
👉 Um exemplo interessante sobre a produção artesanal certificada pelo Selo Arte, são as manteigas Ghee, da Fazenda Soul Leve (@fazendasoulleve, no instagram), que tiveram a produção iniciada na cozinha de casa da proprietária e hoje cresce através do uso de tecnologia e padronização dos processos, sem perder o foco na qualidade de seus ingredientes selecionados e no modo artesanal de produção característico da região — pantaneiro.
🌱 Considere regularizar o seu produto alimentício e buscar o enquadramento no Selo Arte.
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